Aerolíneas Argentinas
Aerolíneas Argentinas é a maior companhia aérea da Argentina, tanto em voos internacionais como domésticos. Além disto, é responsável por cerca de 80% dos voos domésticos e 40% dos internacionais que partem do Aeroporto Internacional Ministro Pistarini, localizado na região de Ezeiza, em Buenos Aires. Aerolíneas Argentinas e LAN Airlines são as únicas empresas latino-americanas que voam até à Oceania. A companhia é mundialmente conhecida por oferecer os voos comerciais que passam mais próximos da Antártida, na rota entre Buenos Aires e Sydney. Os voos da companhia que ligam Buenos Aires a Sydney cruzam o Oceano Antártico (ou extremo sul do Oceano Pacífico), passando a cerca de 435 km ao norte da Ilha Siple, localizada no litoral da Terra de Marie Byrd, na Antártida.
História
A Aerolineas Argentinas tem suas origens no ano de 1949 quando o governo decidiu pela fusão de quatro empresas locais: FAMA (Flota Aerea Mercante Argentina), ALFA (Aviación del Litoral Fluvial Argentino), ZONDA (Zonas Oeste y Norte de Aerolineas Argentinas) e a Aeroposta Argentina.
Entre as quatro, a Aeroposta Argentina era a mais antiga, tendo iniciado suas atividades em 1928. A ALFA dedicava-se desde 1938 ao transporte aéreo utilizando-se de hidroaviões enquanto que a ZONDA fora fundada em 1946 como empresa regional e doméstica com uma frota de Douglas DC-3.
A FAMA, naquele momento a maior das quatro empresas, havia sido fundada em 1946 e tinha o status de empresa de bandeira argentina. Naquele mesmo ano iniciou voos para Londres com equipamento Douglas DC-4.
Com a formação da Aerolineas Argentinas, as quatro empresas deixaram de existir em 31 de dezembro de 1949. Nos anos seguintes a malha doméstica cresceu rapidamente. Os voos internacionais (para Nova Iorque) foram iniciados em março de 1950.
O seu primeiro jato, um Comet 4, foi recebido em janeiro de 1959. Ao todo foram operados 14 exemplares desta aeronave, a última deixando a frota da empresa em dezembro de 1972.
Em 1962 colocou em operação os jatos Caravelle em suas linhas domésticas e regionais. Os primeiros aviões de fuselagem larga, do tipo Boeing 747, foram recebidos em 1979, e ainda hoje integram a frota de longo alcance da empresa.
No início da década de 90 foi privatizada,a espanhola Ibéria adquirida 85% do capital. Em 1998 a American Airlines foi autorizada a adquirir 8,5% de suas ações, a American também desistiu. Nos primeiros meses de 2001 foram cancelados diversos voos internacionais, inclusive para o Brasil. Boa parte da frota foi estacionada em Buenos Aires/Ezeiza, com o arrendamento de quatro Airbus A340-200 (e encomenda de seis A340-600)mantendo-se apenas um punhado de voos domésticos. Em 2002 foi adquirida pelo Grupo Marsans, a empresa consolidou suas operações junto à Austral e retomou os voos internacionais. Apresentou também uma nova identidade visual, unificada para as duas frotas.
Em julho de 2008 o Grupo Marsans foi obrigado a se retirar do comando da companhia pelo estado argentino por dívidas que chegavam ao valor de 890 milhões de dólares. O governo argentino então decidiu estatizar a empresa com o objetivo de manter os empregos e as rotas em funcionamento. Após inúmeras negociações com a oposição que era contra a entrada do estado e o pagamento das dívidas herdadas da administração passada, o projeto foi aprovado no senado argentino em setembro de 2008 e transformado em lei em dezembro do mesmo ano. Em Janeiro de 2009 a presidente argentina Cristina Kirchner nomeia uma nova diretoria para administrar a empresa. Essa nova diretoria terá como missão renovar a empresa com a compra de novos aviões e a reativação de rotas abandonadas após a crise vivida pela empresa. Em Outubro de 2010, a Aerolineas confirma em seu site a assinatura de um memorando, assinado em Amsterdã, em final de outubro de 2010, para entrar na aliança de linhas aéreas Skyteam, se juntando assim a aliança que conta com o grupo liderado por empresas como Delta Airlines, Air France-KLM, Alitalia, dentre outras. No dia 29 de Agosto de 2012, Aerolineas Argentinas entra no grupo Skyteam, tornando-se seu 18º membro efetivo.
Guerra das Malvinas
A empresa desempenhou papel importante na Guerra das Malvinas, quando realizou sete voos com destinos a Israel, África do Sul e Líbia, entre 7 de abril e 9 de junho de 1982, com o objetivo de trazer armas, de modo clandestino, para reforçar os estoques bélicos destinados a guerra. Em voos considerado sigilosos, já que as aeronaves não utilizaram rádios e suas luzes estavam desligadas, numa tentativa de fugir dos radares britânicos que controlavam o Oceano Atlântico, sete pilotos civis da empresa foram convocados para as missões; são eles: Gezio Bresciani, Luis Cuniberti, Leopoldo Arias, Ramón Arce, Mario Bernard, Juan Carlos Ardalla e Jorge Prelooke. Com quatro voos para Trípoli, dois para Tel Aviv e um para a África do Sul, os aviões foram modificados quando todos os assentos das aeronaves foram retirados para acomodar a sigilosa carga composta de armamento e munições. O voo para a África do Sul foi abortado no meio do trajeto por falta de acordo com um traficante de armas. No entanto, foram realizados negociações com o governo de Israel, que tinha interesse comercial com o país sul-americano e com o então líder líbio Muammar Kadafi, que na década de 1980 era desafeto confesso com o governo britânico.
Destinos
América do Sul
- Bahía Blanca (Aeroporto Comandante Espora)
- Bariloche (Aeroporto Internacional Teniente Luis Candelaria)
- Buenos Aires (Aeroporto Internacional Ministro Pistarini) Hub
- Buenos Aires (Aeroparque) Hub
- Catamarca (Aeroporto Coronel Felipe Varela)
- Comodoro Rivadavia (Aeroporto Internacional General Enrique Mosconi)
- Córdoba (Aeroporto Internacional Ingeniero Ambrosio L.V. Taravella)
- Corrientes (Aeroporto Internacional Doctor Fernando Piragine Niveyro)
- El Calafate (Aeroporto Internacional Comandante Armando Tola)
- Esquel (Aeroporto Brigadier General Antonio Parodi)
- Formosa (Aeroporto Internacional de Formosa)
- Jujuy (Aeroporto Internacional Gobernador Horacio Guzmán)
- La Rioja (Aeroporto Capitán Vicente Almandos Amonacide)
- Malargüe (Aeroporto Internacional Comodoro Ricardo Salomón) (Sazonal)
- Mar Del Plata (Aeroporto Internacional Astor Piazolla)
- Mendoza (Aeroporto Internacional Gobernador Francisco Gabrielli)
- Neuquén (Aeroporto Internacional Presidente Perón)
- Posadas (Aeroporto Internacional de Posadas Libertador General José de San Martín)
- Puerto Iguazú (Aeroporto Internacional Cataratas del Iguazú)
- Resistencia (Aeroporto Internacional de Resistencia)
- Rio Gallegos (Aeroporto Internacional Piloto Civil Norberto Fernández)
- Rio Grande (Aeroporto Internacional Hermes Quijada)
- Rosario (Aeroporto Internacional Rosario Islas Malvinas)
- Salta (Aeroporto Internacional de Salta Martín Miguel de Güemes)
- San Juan (Aeroporto Domingo Faustino Sarmiento)
- San Luís (Aeroporto Brigadier Mayor César Raúl Ojeda)
- San Martín de Los Andes (Aeroporto de Chapelco) (Sazonal)
- San Rafael (Aeroporto Internacional Suboficial Ayudante Santiago Germano)
- Santa Fé (Aeroporto de Sauce Viejo)
- Santa Rosa (Aeroporto de Santa Rosa)
- Santiago del Estero (Aeroporto Vicecomodoro Ángel de la Paz Aragonés)
- Trelew (Aeroporto Almirante Marco Andrés Zar)
- Tucumán (Aeroporto Tenente General Benjamín Matienzo)
- Ushuaia (Aeroporto Internacional de Ushuaia - Malvinas Argentinas)
- Viedma (Aeroporto Gobernador Edgardo Castello)
-
- Curitiba (Aeroporto Internacional Afonso Pena)
- Florianópolis (Aeroporto Internacional Hercílio Luz)
- Maceió (Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares) - Inicia em 2018
- Natal (Aeroporto Internacional de Natal) - Inicia em 2018
- Porto Alegre (Aeroporto Internacional Salgado Filho)
- Porto Seguro (Aeroporto de Porto Seguro)
- Recife (Aeroporto Internacional do Recife) - Inicia em 2018
- Rio de Janeiro (Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro-Galeão)
- Salvador (Aeroporto Internacional de Salvador)
- São Paulo (Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos)
- Teresina (Aeroporto de Teresina) (Sazonal)
- Cusco (Aeroporto Internacional Alejandro Velasco Astete) (Sem data de início)
- Lima (Aeroporto Internacional Jorge Chávez)
- Montevidéu (Aeroporto Internacional de Carrasco)
- Punta del este (Aeroporto Internacional Laguna del Sauce)
América Central e Caribe
- Punta Cana (Aeroporto Internacional de Punta Cana) (Sazonal)
América do Norte
- Miami (Aeroporto Internacional de Miami)
- Nova York (Aeroporto Internacional John F. Kennedy) (Sem data de início)
Europa
Oceania
Frota
Após tomar o controle do Grupo Aerolíneas o Governo Argentino anunciou um plano de renovação da frota que ainda está sendo realizado. Entre abril de 2009 e janeiro de 2010 foram incorporados 12 Boeing 737-700. Também foram adquiridos 20 aviões Embraer 190, entregues a partir de junho de 2010 à Austral, subsidiária de companhia. Em abril de 2013 foi assinado um novo contrato com a Embraer para a aquisição de mais 2 Embraer 190 para a Austral. Em Agosto de 2017 a empresa começou a acrescentar o Boeing 737-800MAX.A frota da Aerolíneas Argentinas é composta principalmente de aeronaves das fabricantes Airbus, Boeing. Em 07 de novembro de 2017 tinha 56 aeronaves.
Serviços
A empresa oferece aos seus clientes dois tipos de serviço, chamados Cabina Principal e Club Cóndor. Na Cabina Principal são servidos (de acordo com a duração do voo e do horário de partida e chegada) uma refeição ou um lance acompanhado de bebidas com ou sem álcool. Nos voos intercontinentais os passageiros possuem a opção de assistir filmes e utilizar canais de áudio e entretenimento. No Club Cóndor os passageiros possuem ademais um assento mais confortável e com maior distância entre as fileiras, uma maior atenção por parte da tripulação com um menu com vários pratos, além de uma extensa carta de vinhos. Os clientes do Club Cóndor possuem também acesso às diferentes salas VIP em vários aeroportos operados pela companhia.
Montagens das imagens
FONTE