sábado, 18 de novembro de 2017


FOTOS DE : MATHEUS ALEXANDRE RADTKE


Aeroporto Intl de Campinas



O Aeroporto Internacional de Viracopos/Campinas ( IATA : VCP,  ICAO : SBKP) está localizado a 20 quilômetros do centro de  Campinas  e a 99 quilômetros de  capital paulista . O  aeroporto  é referência do crescimento industrial da cidade de Campinas, e movimenta primariamente o tráfego de carga. 


Viracopos apresenta o maior terminal de cargas da  América do Sul . O Terminal de Logística de Carga de Importação e Exportação possui uma área de mais de 81 mil metros quadrados, com capacidade de processar até 720 mil  toneladas  de carga aérea por ano. Atualmente, de cada três toneladas de mercadorias  exportadas  e  importadas  no  Brasil , uma passa por Viracopos. 
Importante centro distribuidor de carga, devido a sua localização geográfica privilegiada - um dos mais importantes pólos tecnológicos do país -, o Aeroporto de Viracopos conta também com um completo Centro de Treinamento para todos os envolvidos em atividades aeroportuárias nas áreas de Safety, Security (segurança da aviação civil), Transporte de Cargas Perigosas (DGR - Dangerous Goods), Transporte de Animais Vivos (AVI), dentre outros. 

Histórico 

Viracopos foi fundado em 1960, junto com a geração do  jato . Sua longa pista de 3.240m x 45m foi construída para receber com segurança os quadrimotores a jato de primeira geração: Comet, VC-10, DC-8, Convair 880, 990 e Boeing 707. Com a crescente utilização desses tipos de aeronave, a partir de 1958, era imperativo poder contar com um aeroporto de alternativa para o Galeão, na época o único com pistas longas o suficiente para receber os jatos. E a busca de um local de condições climáticas  apontou para a construção de um novo aeroporto internacional nessa área, cujo clima garante a ocorrência de boas condições atmosféricas na maior parte do ano, fator essencial para a operação com aeronaves de grande porte. 
Não é raro que grande parte dos aeroportos do centro-sul do Brasil fechem ou operem por instrumentos nos dias de atuação de  frentes frias . Contudo, Viracopos, pode permanecer aberto recebendo os vôos destinados a outros aeroportos que estejam temporariamente sem condições de operação. 
O acerto da localização, sob o ponto de vista operacional, no entanto, criou um obstáculo comercial: Viracopos passou a ser aeroporto mais distante da cidade que originalmente desejava servir: São Paulo (de algumas partes da capital paulista, a distância ultrapassa os cem quilômetros). Este foi e continua sendo o principal entrave para a consolidação de VCP ao recebimento de aeronaves de passageiros. Existem projetos da construção de um sistema de trens de alta velocidade ligando Viracopos ao Aeroporto de Cumbica para solucionar-se esse problema, porém, o custo elevado tem adiado o início da execução das obras.Acidente de 1961 





Na madrugada de  23 de novembro  de  1961 , um jato  Comet 4  de prefixo LV-AHR das  Aerolineas Argentinas  caiu logo após decolar de Viracopos, provocando a morte das 52 pessoas que estavam a bordo.

Os motores apresentaram problemas durante o procedimento de  decolagem  e  aeronave  ficou descontrolada. Foi então perdendo altitude até atingir um  eucaliptal  situado a 500 metros da cabeceira da pista na zona rural do município de Campinas. Com o impacto, o avião abriu uma clareira de 400 metros de extensão entre as árvores e foi se despedaçando até bater contra um pequeno morro onde acabou por explodir. 
Na época o impacto não atingiu nenhuma habitação. Porém, atualmente as cercanias do local onde ocorreu esse acidente foi invadido pelo  MST , constituindo-se numa das maiores áreas de invasão do município de Campinas. Esse assentamento já foi reconhecido e os terrenos cedidos a população, constituindo-se em um grave problema potencial caso venha a se registrar a ocorrência de um novo acidente.




Aeroporto de São Paulo-Congonhas



Aeroporto de São Paulo/Congonhas - Deputado Freitas Nobre, ou simplesmente Aeroporto de Congonhas(IATACGHICAOSBSP) é um aeroporto doméstico no município de São Paulo, o segundo mais movimentado do Brasil. O aeródromo fica na zona sul da cidade, no bairro de Vila Congonhas, distrito do Campo Belo, e parte do distrito do Jabaquara. Está distante 10,6 km do centro da capital e a 35 km do Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos. É um aeroporto marcado com cicatrizes de graves acidentes aéreos ocorridos ao longo de sua história; É também considerado o aeroporto executivo do Brasil em função do grande número de seus passageiros que viajam a negócios entre São Paulo e outros grandes centros como Rio de Janeiro e Brasília.
Inaugurado em meados dos anos 1930 em área descampada, o aeroporto logo foi envolvido pela cidade e se tornou um aeroporto central, atualmente atendendo a Grande São Paulocom voos domésticos nacionais e regionais para mais de 30 destinos no Brasil. Segundo estatísticas da ANAC de 2014, Congonhas atende cinco das 20 rotas mais movimentadas do Brasil, incluído a ponte aérea Rio-São Paulo, a mais movimentada do país.
Congonhas já foi o aeroporto mais movimentado do país de 1990 até 2006, quando o acidente com o Voo TAM 3054, em julho de 2007, fez com que muitos voos fossem transferidos para outros aeroportos. Atualmente é o segundo aeroporto mais movimentado em número de passageiros e em número de aeronaves do Brasil e o primeiro da rede Infraero, após a privatização do Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos e do Aeroporto Internacional de Brasília. Ainda hoje o aeroporto opera no limite da capacidade de suas pistas com 536 voos comerciais diariamente, o que equivale a um pouso ou uma decolagem a cada 2 minutos durante o horário de funcionamento do aeroporto - de 06:00 h às 23:00 h.
O complexo aeroportuário de Congonhas abrange uma área de aproximadamente 1,6 milhão de metros quadrados, contando com duas pistas com capacidade para até 40 ou 41 operações pouso/decolagens por hora, e um terminal de passageiros com capacidade para atender cerca de 6.500 passageiros por hora. A pista principal do aeroporto de Congonhas é equipada com os sistemas de pouso por instrumentos ALS e ILS, que permitem o aeroporto operar em condições adversas com o mesmo nível de segurança operacional e ajuda a diminuir a quantidade e o tempo de fechamento do aeroporto por conta do clima ruim.
A característica mais marcante do Aeroporto de Congonhas é o piso em forma de tabuleiro de xadrez, formado por quadrados em placa de granito preto e mármore branco. Esse piso, da década de 60, incorporou-se ao terminal de passageiros de Congonhas de tal forma que ficou na memória da população, tornando-se a identidade visual do aeroporto.
Em 19 de junho de 2017 foi sancionada pelo presidente Michel Temer a lei 13.450/17, que altera o nome do aeroporto para Aeroporto de São Paulo/Congonhas-Deputado Freitas Nobre, em homenagem ao ex-deputado, advogado e professor da Universidade de São PauloJosé de Freitas Nobre, que lutou pela anistia e foi crítico da ditadura militar.
Desde 1920, o aeroporto que atendia a cidade de São Paulo era o Campo de Marte, localizado às margens do Rio Tietê, onde as chuvas frequentemente causavam alagamentos. Com isso, em 1935 foram feitos estudos pelo governo do estado de São Paulo, com a intenção de prover a São Paulo um aeroporto que não estivesse sujeito às enchentes. A região de Congonhas então foi escolhida por suas condições naturais de visibilidade e de drenagem, longe das áreas de áreas alagadiças. Na época, quando a cidade de São Paulo tinha 1 milhão de habitantes,a escolha do local foi criticada pelo fato de ser uma região descampada e distante. O nome Congonhas é uma homenagem ao Visconde de Congonhas do Campo, Lucas Antônio Monteiro de Barros (1767-1851), primeiro presidente da Província de São Paulo após a Independência do Brasil (1822). Congonhas também é o nome de um tipo de erva-mate muito comum em Minas Gerais, na região onde se situa Congonhas do Campo, cidade natal de Monteiro de Barros.
Entre 1928 e 1932, a Cia. Auto-Estradas Incorporadora e construtora S.A construiu a estrada de ligação entre São Paulo e Santo Amaro (atual avenida Washington Luís). Essa companhia era proprietária de um grande terreno entre Santo Amaro e o Ibirapuera e vinha vendendo lotes na área deste 1930. Em 1936, a Auto-Estradas comprou um grande terreno de um bisneto do Visconde de Congonhas, que era proprietário das terras onde seria construído o aeroporto. Essa construtora planejava urbanizar a região, chamando-a de Vila Congonhas. Com isso, a Auto-Estradas torna-se a maior interessada na instalação do aeroporto na região e como forma de pressionar o governo do estado de São Paulo pela escolha do terreno, a companhia, por conta própria, construiu uma pista de terra para pousos e decolagens à margem da estrada de rodagem para Santo Amaro.

Cronologia

1935 - O Governo do estado de São Paulo realiza um estudo técnico para a escolha do sítio onde se localizaria o novo aeroporto.
1936 - Em 12 de abril de 1936, pela primeira vez, o Campo de Aviação da Companhia Auto-Estradas foi utilizado publicamente em caráter experimental. Pilotos consagrados foram convidados para exibir-se e testar as condições de Congonhas para sediar o aeroporto. Em julho de 1936, com a construção de uma segunda pista de terra, companhias de aviação comercial passaram a utilizar o campo a pista de terra, que foi brevemente conhecido como Campo da VASP. Ainda no mesmo ano, no dia 15 de setembro, o governo de São Paulo finalmente adquiriu o terreno depois de chegar a um acordo com a Auto-Estradas quanto ao preço e o aeroporto passa então a ser denominado oficialmente como Aeroporto de São Paulo, sob a administração da Diretoria da viação da Secretaria da Viação e Obras Públicas do Estado de São Paulo.
1940 - A Secretaria de Estado dos Negócios e da Viação estabelece que o Aeroporto seria administrado por um representante do governo do estado de São Paulo. Assim, o estado investiu sistematicamente em Congonhas, em especial no primeiro período e ao lado da pista, foi construída uma pequena estação de passageiros em linhas art déco que funcionou até 1948.
1942 - Início de estudos de melhorias do Aeroporto de São Paulo feitos a pedido da Diretoria da Viação.
1947 - Início das obras da primeira grande reforma do aeroporto de São Paulo.
1949 - Conclusão das obras de prolongamento da pista principal para 1.865 metros.
1951 - Conclusão das obras da torre de controle.
1954 - Inauguração do pavilhão das autoridades.
1955 - inauguração do novo terminal de passageiros.
1957 - O Aeroporto de Congonhas passa a ser o terceiro do mundo em movimento de carga aérea, depois de Londres e Paris.
1959 - Inauguração da ala internacional.
1959 - Inauguração da ponte aérea Rio-São Paulo: acordo firmado entre as companhias Varig, Vasp e Cruzeiro do Sul que operavam os Convair 240, Scandia e Convair 340, respectivamente, na ligação aérea entre as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo.
1960 - Inauguração do Aeroporto de Viracopos, em Campinas, construído para receber os grandes aviões intercontinentais, bem como os voos cargueiros que eram todos atendidos por Congonhas.
1962 - Implantação do primeiro serviço de RADAR.
1968 - Criação da Comissão Coordenadora do Projeto Aeroporto Internacional (CCPAI) pelo Ministério da Aeronáutica brasileiro com finalidade de construir simultaneamente dois aeroportos de primeira classe internacional, um no Rio de Janeiro e outro em São Paulo, sendo que o eixo Rio-São Paulo concentrava 90% do tráfego internacional do Brasil. A importância desses novos aeroportos é oferecer uma nova infraestrutura aeroportuária de que demandavam os grandes aviões intercontinentais que vinham sendo lançados.
1968 - Início da expansão comercial e residencial na região próxima ao aeroporto, com surgimento de bairros populosos em seu entorno.
1975 - Investimentos necessários para a modernização do Aeroporto de Congonhas começaram a ser feitos, começando pela reforma do terminal de passageiros.
1976 - Por determinação do DAC, o aeroporto passa a funcionar somente das 06h00 às 23h00, atendendo reivindicação dos moradores da vizinhança, que há anos reclamavam do barulho.
1977 - Ano em que 4,5 milhões de passageiros passaram pelo Aeroporto de Congonhas. Foi inaugurado, em junho, o sistema de pouso por instrumento ILS (Instrument Landing System.
1978 - O terminal de cargas (TECA) de Congonhas passou a ser administrado pela INFRAERO (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária, criada em 1973) e vinculada ao Ministério da Aeronáutica.
1979 - Conclusão da reforma do terminal de passageiros.
1981 - A administração do Aeroporto de Congonhas passou para a INFRAERO, que começou a fazer uma série de reformas visando elevar a eficiência operacional do aeroporto. A reforma incluiu a instalação do sistema de esteiras rolantes nas alas de desembarque, ampliação da pista principal para 1.934 metros de extensão, ampliação da cabeceira 16 da pista (hoje 17) a fim de agilizar as manobras das aeronaves maiores (como o Boeing 727), construção de armazéns no TECA, adaptação e construção de sala para a Ponte Aérea, marquises para pontos de táxis, entre outras melhorias.
1985 - Transferência dos voos internacionais e domésticos para Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, ficando apenas voos regionais e os voos da ponte aérea Rio-São Paulo em Congonhas. A partir de então, o aeroporto passou por anos de ociosidade em seu terminal de passageiros.
1990 - O Aeroporto de Congonhas volta a receber voos domésticos e passa a ser o aeroporto mais movimentado do país.
1991 - Por determinação do Departamento de Aviação Civil (DAC) os aviões turboélices Lockheed Electra II foram substituídos por aviões turbo-jatos mais modernos na ponte aérea Rio-São Paulo.
1992 - Publicação da portaria do Ministério da Aeronáutica que autorizou a reativação dos voos internacionais no Aeroporto de Congonhas (suspensos desde 1985) com aeronaves com porte do Boeing 737, com capacidade de 130 passageiros.
1992 - Inauguração de nova sala de embarque para a ponte aérea Rio-São Paulo e anúncio de obras de reestruturação para atender o aumento dos voos regionais e a intensificação de movimento nas pontes para Brasília, Belo Horizonte e Curitiba, que incluíram a transferência dos balcões de deck in para a ala norte, com um design em combinação com o piso em forma de tabuleiro de xadrez.
1995 - Em outubro de1995 foi feita a implantação do sistema X-4.000, um novo equipamento desenvolvido do Brasil, que permitia uma melhor visibilidade das aeronaves no espaço da cidade e um controle mais rigoroso de cada área.
1995 - O aeroporto de Congonhas bateu seu recorde de pousos e decolagens (154.697) e superou Guarulhos no tráfego aéreo, sendo o aeroporto mais rentável para a Infraero.
1996 - Primeiro grande acidente aéreo: No dia 31 de outubro de 1996, um avião Fokker 100 da TAM, com destino ao Rio de Janeiro, caiu sobre o bairro Jabaquara matando 3 pessoas em solo além de todos os 90 passageiros e 6 tripulantes a bordo.
1996 - Com a saturação da capacidade operacional do aeroporto, foi adotado o sistema de "slots" em Congonhas.
2003 - Em maio de 2003 o aeroporto inicia obras de ampliação e modernização.
2007 - Segundo grande acidente aéreo: No dia 17 de julho de 2007, um avião Airbus A320 da TAM, procedente de Porto Alegre, ultrapassou o fim da pista 17R em alta velocidade e veio a se chocar com um prédio da própria TAM, na Avenida Washington Luiz. Morreram nesse acidente 12 pessoas em solo além de todos os 180 passageiros e 7 tripulantes a bordo. Em decorrência desse acidente vários voos foram transferidos para Guarulhos e outros aeroportos, reduzindo o movimento do aeroporto que deixa de ocupar a primeira posição dos aeroportos mais movimentados do país.
2008 - Em 2008, por determinação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o aeroporto deixa de operar voos internacionais da aviação executiva e passou a se chamar oficialmente Aeroporto de São Paulo/Congonhas.
2013 - O Aeroporto de Congonhas ganhou dois prêmios "Boa Viagem", oferecidos pela SAC (Secretaria de Aviação Civil) e pela Embratur, nas categorias Melhor Check-in e Melhor Inspeção de Segurança durante os jogos da Copa das Confederações.
2014 - Em 2014, o Aeroporto de Congonhas voltou a ultrapassar a marca de 18 milhões de passageiros (marca alcançada em 2006, e reduzida após o acidente da TAM em 2007), porém com um número menor de pousos e decolagens.
2015 - A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) derrubou em dezembro uma restrição — em vigor desde 2007— que limitava a uma distância de 1.500 km em linha reta os voos a partir do aeroporto, o terceiro maior do país em número de passageiros. Segundo a Anac, não havia razão técnica ou econômica que justificasse manter a restrição. A intenção foi permitir ampliar a oferta. A modificação era um pedido constante das empresas. A regra havia sido criada pela Anac após o acidente com o Airbus da TAM em 2007, para reduzir o uso do aeroporto. Na ocasião, 199 pessoas morreram. Outras duas medidas foram adotadas, ambas em vigor: uma delas reduziu os pousos e decolagens — Congonhas chegou a ter 50 movimentos/hora; hoje são 34. A outra foi não usar a pista auxiliar para voos comerciais.
2017 - Em 19 de junho é sancionada pelo presidente Michel Temer, a Lei 13.450/2017 que denomina o Aeroporto de Congonhas como Aeroporto Deputado Freitas Nobre. Freitas Nobre foi jornalista, advogado e professor; como político foi vice-prefeito de São Paulo e deputado federal. Conhecido por sua sua luta pela redemocratização do país, durante a ditadura militar foi exilado na França.

Ampliação e modernização

Em 2002 A Infraero anunciou a uma série de obras em Congonhas para adequar o aeroporto ao tráfego de 12 milhões de passageiros por ano. As Obras tiveram início em maio de 2003 e foram divididas em duas etapas.
Primeira Fase
Obras iniciadas em Maio de 2003:
  • Reformulação da área de embarque e desembarque, com a construção de um conector com 8 pontes de embarque. Essa estrutura ficou pronta em 15 de agosto de 2004.
  • Construção do edifício garagem com o total de 3400 vagas. Obra foi concluída em dezembro de 2005 e o estacionamento inaugurado em janeiro de 2006. (Esta obra foi feita em parceria com a prefeitura de São Paulo).
Segunda Fase
Obras iniciadas em Outubro de 2004:
  • Ampliação do conector com o acréscimo de mais 4 pontes de embarque, totalizando as 12 pontes atuais;
  • Reforma do terminal de passageiros - TPS;
  • Readequação do sistema viário de embarque e desembarque de passageiros;
  • Readequação dos pátios de estacionamento de aeronaves;
  • Recapeamento da pista de pouso auxiliar.

Infraestrutura

Sítio Aeroportuário
  • Área total: 1.647.000 m²
Pistas de pousos e decolagens
Pista Principal (17R/35L):
  • 1940 x 45 metros
Pista Auxiliar (17L/35R):
  • 1435 x 45 metros
Instrumentos de pouso e rádionavegação:
Capacidade:
  • 40/41 movimentos/hora
Terminal de Passageiros
Área: 64.579 m²
78 posições de check-in – ala norte
57 totens de autoatendimento
Capacidade:
  • 3.156 embarques/hora
  • 3.375 desembarques/hora
  • 17,1 milhões de passageiros/ano
2 Salas de Embarque:
  • 1.º andar: 12 portões de 1 a 12 (alocação com finger)
  • Térreo: 10 portões de 13 a 22 (alocação remota)
  • Total de Portões: 22
Uma sala de desembarque:
  • 5 esteiras de restituição de bagagens – ala sul
Estacionamento de veículos:
  • 3.414 vagas
Pátio de aeronaves
Área: 77.321 m²
Estacionamento de aeronaves para aviação comercial:
  • 12 posições de alocação com finger(Pontes de embarque)
  • 17 posições de alocação remota
  • Total: 29 posições
Estacionamento de aeronaves para aviação geral:
  • 22 posições para asa fixa
  • 2 posições para asa rotativa
  • Total: 24 posições
Estacionamento de aeronaves para autoridades:
  • 1 posição para asa fixa
  • 1 posição para asa rotativa

Coordenação de Slots

Dada a saturação do aeroporto de Congonhas, principalmente de suas pistas, desde 1996 o aeródromo funciona sob o sistema de Slots. O slot de aeroporto é um intervalo de tempo estabelecido, durante o qual a operação de pouso ou decolagem deve ser realizado. Esse intervalo é quantificado de forma diferente em cada aeroporto. O Controle desse sistema é feito pela ANAC por meio da Coordenadoria de Slots vinculada à Superintendência de Regulação Econômica e Acompanhamento de Mercado (SER).
Atualmente a distribuição de slots no aeroporto de Congonhas é regulamentada pela Resolução nº 336/2014, da ANAC e as condições para a operação das companhias aéreas no aeroporto são definidas pela Portaria nº327/2008 e pela Resolução nº 55/2008, da ANAC. A definição do número de slots no aeroporto é feita com base na declaração de capacidade do terminal de passageiros e do pátio de aeronaves, elaborada pela Infraero, e também pela declaração de capacidade da pista, elaborada pelo DECEA/CGNA.
A ANAC faz avaliações da pontualidade (referente a atrasos) e a regularidade (referente a cancelamentos) de todos os slots utilizados, conforme os padrões estabelecidos pelas normas. O descumprimento sistemático desses índices pode gerar aplicação de multas às companhias aéreas em função de atrasos e cancelamento de voos podendo até haver a redistribuição dos slots mal utilizados, com objetivo de obter o uso mais eficiente desses horários de partidas e chegadas.
Os slots distribuídos em Congonhas só podem ser operados por aeronaves com, no mínimo, 90 (noventa) assentos.
São elegíveis para constituição de série de slots apenas os serviços de transporte aéreo público regular de passageiros, sendo que série de slots é o conjunto de slots alocados para a mesma empresa de transporte aéreo em semanas consecutivas, no mesmo dia da semana, na mesma hora ou com variação de até quinze minutos entre os horários alocados.
Na utilização das séries de slots deve ser observado mínimo de 90% de regularidade e 80% de pontualidade.
Limitações
O aeroporto fica fechado para aeronaves civis após 23:00 h e antes das 06:00 h, horário local, resguardadas situações de urgência e emergência.
A operação de aeronaves de asas fixas só é permitida com dois pilotos.
É proibido a realização de voos de treinamento no aeroporto.

Critérios para distribuição de Slots

O Aeroporto de Congonhas é o aeroporto mais concorrido e saturado do país. Operar no aeroporto central da maior cidade do Brasil é o desejo de todas as companhias aéreas brasileiras. A disputa acirrada das companhias por slots no aeroporto se explica pela grande demanda pelo transporte aéreo regular para os principais destinos da malha aérea brasileira, o que faz das operações mais rentáveis para as companhias, uma vez que as tarifas tendem a ser mais altas exatamente pela procura. Quando há novos slots a serem distribuídos em Congonhas, as companhias são submetidas a critérios definidos na Resolução nº 336/2014 da ANAC para então conseguirem novos horários para pousos e decolagens no aeroporto. Esses critérios são:
I - percentual de participação de cada empresa de transporte aéreo regular de passageiros no mercado nacional, medida com base no critério de passageiro pago transportado por quilômetro (RPK), durante a temporada equivalente anterior;
II - percentual de participação de cada empresa de transporte aéreo regular de passageiros no mercado de aviação regional do país, medida com base no critério de passageiro pago transportado por quilômetro, durante a temporada equivalente anterior;
III - Eficiência Operacional Nacional durante a temporada equivalente anterior. Eficiência operacional nacional é a média entre a porcentagem de pontualidade e de regularidade dos voos regulares de uma empresa em uma determinada temporada.

Redistribuição de Slots – 2014

Em 2014, o governo federal, por meio do Conselho de Aviação Civil (Conac), determinou que a ANAC redistribuísse os slots de Congonhas priorizando as empresas entrantes, sendo estas as que possuíam menos de 12 por cento dos slots no aeroporto. Com isso, no dia no dia 8 de outubro de 2014, a ANAC anunciou então uma nova distribuição de slots de acordo com as diretrizes da Resolução n°3/2014, do CONAC, e com as regras da Resolução nº 336/2014, da ANAC. Nesse processo, o número de slots/hora no aeroporto passou de 30 para 32 ou 33, o que equivale a um acréscimo de 43 slots/dia em Congonhas. Esses novos slots foram provenientes do rearranjo da capacidade de pista para a aviação comercial somados a dois slots remanescentes do banco de slots (retirados de empresas que deixaram de operar no aeroporto).
Os 43 novos slots foram então distribuídos entre as companhias entrantes, beneficiando assim as empresas Azul, com 26 slots e Avianca com 16 slots, sendo que a primeira não tinha nenhum slot e a segunda já possuía 24.Com isso o Congonhas passou a ter 536 slots nos dia úteis, sendo 236 da LATAM, 234 da Gol, 40 da Avianca e 26 da Azul. Para essa nova alocação de slots às empresas entrantes, a ANAC usou os critérios de regularidade e pontualidade destas companhias, além da participação no de cada uma nos mercados nacional e regional com base no critério de “passageiro pago transportado por quilômetro”

Incidentes e acidentes

O Aeroporto de Congonhas já foi local de três grandes acidentes aéreos do Brasil: O primeiro, em 1963, com a queda do Convair PP-CDW, depois , em 1996, a queda do Fokker 100 da TAM, e por último, em 2007, o acidente com o Airbus A320 da TAM. As pistas relativamente curtas de Congonhas e sua localização em meio a área urbana são fatores que geram controvérsias quanto a segurança de suas operações.

Queda do Convair PP-CDW

Em 3 de maio de 1963, um Convair 340 da Cruzeiro do Sul decolou de Congonhas à noite com destino ao aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, quando foi detectado um incêndio em um dos motores do avião. Ao tentar retornar para o aeroporto, a aeronave perdeu sustentação, vindo a cair sobre uma casa na avenida Piassanguaba, bairro Planalto Paulista, se incendiando em seguida. Mais de 30 pessoas morreram neste acidente, que também deixou outras pessoas com ferimentos.

Voo TAM 402

Em 31 de outubro de 1996, o Fokker 100 da TAM, matrícula PT-MRK, decolou do Aeroporto de Congonhas com destino ao Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Problemas técnicos fizeram com que o avião perdesse sustentação, levando a queda do aeronave que atingiu 8 casas no bairro Jabaquara, matando 3 pessoas em solo. Todos os 96 ocupantes do avião, passageiros e tripulantes, morreram no acidente.

Voo TAM 3054

No dia 17 de julho de 2007, ocorreu o maior acidente da história de Congonhas e do Brasil. Um Airbus A320 da TAM, vindo do Aeroporto Internacional de Porto Alegre, teve problemas de frenagem ao pousar na pista principal do aeroporto de Congonhas, fazendo com que o avião não conseguisse parar. No final da pista a aeronave fez uma curva, passando por cima da Avenida Washington Luís e colidindo com um prédio da própria TAM, do outro lado da avenida. Todos os 187 ocupantes do avião morreram, juntamente com outras 12 vítimas em solo. Outras 13 pessoas em solo ficaram feridas.
O Aeroporto de Congonhas era o mais movimentado do país, recebendo no ano de 2006 18,8 milhões de passageiros, 50% acima de sua capacidade operacional. O acidente fez com que o governo brasileiro limitasse o percurso dos voos que têm o aeroporto com destino ou origem a 1.000 km e proibisse que o aeroporto fosse usado para escalas e conexões, essa proibição vigorando até 6 de março de 2008. As autoridades determinaram a redução do número de pousos e decolagens em Congonhas, levando as companhias a transferir parte de seu voos para outros aeroportos.

Outros acidentes e incidentes

Tido como um Incidente grave, em 22 de março de 2006, um Boeing 737 da companhia BRA derrapou na pista 35L, e por pouco, não caiu na Avenida Washington Luís. A empresa culpou o aeroporto pelo acúmulo de borracha de pneu na pista.
Em 3 de setembro de 2008, um bimotor com um passageiro, piloto e copiloto tentou arremeter o pouso, mas derrapou na pista quase caindo na avenida Washington Luís. O nariz do avião bateu no muro que separa o aeroporto da avenida, ninguém se feriu, mas o aeroporto permaneceu algumas horas fechado para pousos e decolagens.
Em 10 de agosto de 2012, um policial militar recentemente afastado do cargo por problemas psicológicos, subiu em uma das torres de sinalização de aproximação de aeronaves. O aeroporto ficou fechado para pousos e decolagens durante horas. O incidente não só atrapalhou os aviões, como também o tráfego na capital paulista, causando um congestionamento de mais de 200 km. Pela noite, policiais convenceram o homem a descer da torre. Muitos voos foram desviados para os Aeroportos Internacional do Galeão Antônio Carlos Jobim no Rio de Janeiro, Internacional de Viracopos, em Campinas, e no Internacional de São Paulo Gov. André Franco Montoro em Guarulhos.
Em 11 de novembro de 2012, um jato executivo Cessna 525B de prefixo PR-MRG, que vinha de Florianópolis (SC) e pousou na pista auxiliar, ainda que adequada, não conseguiu parar, ultrapassou a pista e caiu em um terreno entre o aeroporto e a Avenida dos Bandeirantes. Os passageiros sofreram ferimentos leves e foram atendidos pelo Corpo de Bombeiros. O acidente trouxe de volta a dúvida sobre a segurança do Aeroporto de Congonhas, sobre a qualidade técnica dos pilotos que usam aquele aeroporto e sobre as instituições regulatórias como a ANAC e o DECEA.
Em 22 de fevereiro de 2017, por volta das 18 horas e 48 minutos o voo JJ3264 da LATAM teve estol de compressor em uma de suas turbinas no início da decolagem e o aeroporto ficou fechado para pousos e decolagens durante uma hora sendo reaberto por volta das 20 horas e 7 minutos.